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segunda-feira, 8 de março de 2010

Bluebirds in the spring

Este blog anda a passos curtos. Tantas coisas acontecendo por aí e eu sem tempo (tempo?) de refletir e escrever. Filmes, vejo-os pouco - em comparação à quantidade e qualidade dos que eu via antigamente. Os livros também saíram do topo das minhas prioridades em 2009. No lugar deles, a faculdade, suas decorebas e suas descobertas ocuparam meu tempo. É verdade que vi ótimos filmes e li ótimos livros nesse ano que passou - se não fosse assim não seria eu! - mas é clara a diferença de impacto que isso tudo teve na minha vida esse ano! OK, fiquei tocado com a beleza e a fatalidade do Último dos loucos e me surpreendi com os relatos perfeitamente escritos da Guerra do fim do mundo (Vargas Llosa), mas no meio do turbilhão de novidades, mudanças e pessoas que chacoalharam a minha vida, qual a real importância dessas experiências culturais para mim? Acho que, pela primeira vez na vida, esses momentos de leitura ou de "consumo" de cultura serviram mais como pausas de introspecção mais do que alimentos à minha capacidade crítica.

A escrita também diminuiu para mim. E com isso, a prática e a facilidade de eu me expressar diminuíram. Sinal dos tempos, comecei no Twitter, onde com 140 caracteres eu tenho que me virar e, o pior de tudo, acostumei-me a ele! Meus seguidores são muitos, sigo mais pessoas ainda, mas quantas me lêem, quantas eu leio e quanto do que falo é bom, merece ser lido? Devagar, estamos voltando ao grunhido, já disse o velho sábio das Ilhas Canárias. E ele toda razão.

Ao mesmo tempo, que mundo novo se abriu para mim! Quantas possibilidades! O tal "o que fazer quando crescer" bate na porta toda dia, e as opções são muitas. Não estou sozinho nessa angústia: minha geração é tão mal preparada para enfrentar as escolhas e suportar perdas e decisões como qualquer outra geração, em que pesem todas as tecnologias a que temos acesso. No fundo, temos todos o mesmo medo de fazer a coisa errada, e muitos de nós não temos coragem de experimentar. Eu já troquei de faculdade (e de sonhos, e de realidades) mais de uma vez e isso não me imunizina contra novas frustrações.

Para abrir o ano no blog, uma música antiquíssima, mas que fala por mim nesse novo 2010 e que explica o título do post: I wish you love, cantada por Rachel Yamagata: 



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