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sexta-feira, 15 de julho de 2011

As teorias...

Momento de introspecção: nessas horas eu sempre me volto aos livros. Eles são momentos fundadores da (minha) educação, de volta ao tempo em que eu, da forma mais efêmera possível, vivi no meio das ciências humanas. Às vezes, sinto vontade de me voltar um pouco mais para essa área, que, ao meu ver, se completa tanto com a medicina.Naquela época, eu fingia ser um weberiano que xingava alguns marxistas. Tudo pose, claro, já que nem outrora, nem hoje em dia, sou um conhecedor disso tudo.

Foi isso que eu escolhi: larguei uma formação superficial, em termos teóricos, por outra um pouco mais profunda, mas mesmo assim tão prática que me prende a certos conhecimentos que, não necessariamente, me agradam. Claro que estou gostando, ninguém aguenta a faculdade de medicina sem gostar do que faz. Mas é que cansa, endurece o pensamento, um senso prático (fundamental, eu sei, eu sei...) que impregna tudo o que fazemos. Por exemplo, consegui incutir em mim mesmo um senso comum que me faz me sentir um estranho ao tentar, nessas férias, recuperar um pouco da teoria - livros, livros - que seguem caminhos recusado por mim, há alguns anos.

Não é uma acrasia. Não envolve meus valores profundos, nem é um desafio à minha liberdade. É apenas uma manifestação daquilo que sempre faço, e que tanto tempo me consome, cá com meus botões: constantemente passo em revista tudo aquilo que sonho, desdenho, já fiz e estou fazendo. Só espero que com isso eu não viva na inação.

Um comentário:

  1. Também passo em revista tudo que fiz/faço e tenho a intenção de fazer. É reconfortante saber que outros, porque assim são, temem, como eu, a inação. ;)

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